sexta-feira, 31 de março de 2017

Série você sabia Capoeira - 01


Vocês sabiam que a primeira academia de ginástica de Ipanema foi de um capoeirista(Mestre Sinhozinho). ? E hoje o CREF. Nos perseguem, vai entender né! ..

Percebe que foi um capoeirista que criou o sistema de educação física na academia, pioneira em Ipanema.

Um capoeirista foi preparador físico de vários clubes como:
Atlético clube
América Futebol Clube
Clube regatas boqueirão
Regatas Flamengo
Fluminense, ministrava aulas de lutas atletismo e futebol.
Você sabiam que em 1954 foi um capoeirista aos EUA fazer apresentações no New Orleães Athletic.Club e em vários programas de TV americana.

Um capoeirista foi preparador físico da seleção Brasileira de 1966 na copa do mundo.

“Historias precisam ser contadas para não serem perdidas”

Breve historia sobre o Piauí



Breve historia sobre o Piauí
 No começo do século XVII, fazendeiros da região do rio São Francisco procuravam expandir suas criações de gado. Os vaqueiros, vindos principalmente da Bahia, chegaram procurando pastos e passaram a ocupar as terras ao lado do rio Gurgueia. Em 1718, o território, até então sob a jurisdição da Bahia, passou para a do Maranhão. O capitão Domingos Afonso Mafrense, ou capitão Domingos Sertão, como era conhecido, foi um dos sesmeiros que ocuparam essas terras; possuía trinta fazendas de gado e foi o mais alto colonizador da região, doando suas fazendas — após sua morte — aos padres jesuítas da Companhia de Jesus.
A contribuição dos padres jesuítas foi decisiva, principalmente no desenvolvimento da pecuária, que, em meados do século XVIII, atingiu seu auge. A região Nordeste, o Maranhão e as províncias do sul eram abastecidas pelos rebanhos originários do Piauí até a expulsão dos jesuítas (período pombalino), quando as fazendas foram incorporadas à Coroa e entraram em declínio. Quanto à colonização, esta se deu do interior para o litoral.
Após a independência do Brasil em 1822, algumas províncias continuaram sobre o poder de Portugal (entre essas, o Piauí). Portugal, com medo de perder essa província, mandou, de Oeiras à cidade de Parnaíba, tropas portuguesas; o grupo recebeu adesões, mas acabou derrotado em 1823, por ocasião da Batalha do Jenipapo, onde piauienses lutaram contra os portugueses com armas brancas em Campo Maior. A tropa de Fidié, capitão da tropa portuguesa, saiu enfraquecida e este acabou por ser preso em Caxias, no Maranhão. Alguns anos depois, movimentos revoltosos, como a Confederação do Equador e a Balaiada, atingiram também o Piauí.
Em 1852, a capital foi transferida de Oeiras para Teresina, tendo início um período de crescimento econômico. A partir da proclamação da república brasileira (1889), o estado apresentou tranquilidade no terreno político, mas grandes dificuldades na área econômico-social.
A cidade de Floriano recebeu, a partir de 1889 um influxo migratório da Síria que durou mais de cem anos, de modo que essa etnia se faz assaz presente naquela cidade.
Em 1880, em troca do município de Crateús, a então Província do Ceará cedeu ao Piauí a cidade de Luís Correa, possibilitando ao estado a tão almejada saída para o mar.

A transferência da capital

A ideia da transferência da capital do Piauí de Oeiras remonta aos períodos coloniais. Já no século XVIII, quando a capitania do Piauí adquiriu a sua independência do Maranhão, Fernando Antônio de Noronha, então governador da capitania do Piauí, propôs ao rei de Portugal a transferência da capital, alegando que Oeiras era uma terra seca e estéril, imprópria para a agricultura e de difícil comunicação com as outras partes da colônia.
Durante anos, sempre foram citadas as povoações de Parnaíba, vila ao litoral de intenso comércio e a vila do Poti, às margens do rio Parnaíba, que convivia problemas com as outras partes da colônia.
Durante anos, sempre foram citadas as povoações de Parnaíba, vila ao litoral de intenso comércio e a vila do Poti, às margens do rio Parnaíba, que convivia problemas com as cheias dos rios, mas que, por localizar-se no interior, poderia integrar o estado através da navegação pelo rio Parnaíba.
No governo de José Idelfonso de Sousa Ramos, foi votada e sancionada a lei nº174, de 27 de agosto de 1844, que autorizava a mudança da capital, não para a vila de Parnaíba ou para a vila do Poti, localidades sempre lembradas, mas para a margem do rio Parnaíba na foz do rio Mulato, devendo a nova cidade receber o nome de Regeneração. Quando, em 23 de julho de 1850, José Antônio Saraiva, fundador de Teresina, fora nomeado governador da Província do Piauí, o assunto da transferência da capital estava em plena efervescência. Logo após assumir, Saraiva recebeu uma delegação das vilas de ParnaíbaPiracuruca e Campo Maior com um grande número de assinaturas reivindicando a mudança da capital para Parnaíba.


segunda-feira, 20 de março de 2017

Cuba, Estados Unidos, Brasil: Unidos pela Escravidão


Cuba, Estados Unidos, Brasil: Unidos pela Escravidão
Como a #escravidão resistiu aos ataques do "Século da Liberdade", como ficaram conhecidos os anos 1800? Neste vídeo, o historiador Tâmis Peixoto conta como Brasil, Estados Unidos e Cuba se vincularam comercialmente e politicamente para manter o trabalho escravo de africanos em seus países, no século XIX. A #tese ganhou o prêmio de melhor das ciências #humanas na USP no ano de 2016. Tâmis fez o doutorado com bolsa Fapesp. No nosso Youtube, você confere a playlist completa sobre como laços comerciais sustentaram a política escravocrata nestes países: https://goo.gl/jJiC5L

Este é o primeiro de quatro vídeos que resumem uma das melhores teses da USP defendidas em 2016: a do doutor Tâmis Peixoto Parron, chamada “A política da escravidão na era da liberdade: Estados Unidos, Brasil e Cuba, 1787-1846”. A tese quer mostrar que esses países usaram laços comerciais para sustentar a política escravocrata, apesar de o século XIX ser marcado pela aspiração à liberdade. Tamis fez seu doutorado com bolsa Fapesp. 
Reportagem: Silvana Salles. Edição: Alan Petrillo.

sexta-feira, 17 de março de 2017

Musica Grão De Areia - Auto:Esquilo


A cantora Flaira Ferro, cantando lindamente a música "Grão de areia", composta pelo saudoso Esquilo. Não era só um grade capoeira mais também um grande poeta.


Grão De Areia - Auto:Esquilo

Tristeza mora comigo
Por causa da solidão
Eu pareço andorinha
Querendo fazer verão
Uma gota de água doce
Querendo ser ribeirão
Uma semente caída
Querendo ser plantação
Mas olhando pro deserto
Eu sou apenas um grão


De areia
Um grão
De areia
Um grão
De areia
Um grão
De areia


Queria ser o luar
Iluminando o meu sertão
Ou então ser uma estrela
Se qualquer constelação
Vou levando minha vida
Com o meu berimbau na mão
Mas olhando p´ro deserto
Eu sou apenas um grão


De areia
Um grão
De areia
Um grão
De areia
Um grão
De areia


Eu sou um peixe do cardume
No mar da imensidão
Eu sou uma flor do serrado
Que nasceu fora da estação
Quero ser bom capoeira
E jogar com o coração
Mas olhando pro deserto
Eu sou apenas um grão


De areia
Um grão
De areia
Um grão
De areia
Um grão
De areia

Maior que Deus é ninguém
Que me deu tudo na mão
Mas nesse mundo tão imenso
Eu sou apenas um grão

De areia
Um grão
De areia
Um grão
De areia
Um grão

De areia

Dolores Cacuango





Dolores Cacuango
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.


Dolores Cacuango Quilo, conhecida também como Mamá Dolores, (Cayambe, 26 de outubro de 1881 - Yanahayco, 23 de abril de 1971) foi um ativista equatoriana, pioneira no campo da luta pelos direitos dos indígenas e camponeses em seu país, e uma das líderes feministas equatoriana do início do século XX, junto com Tránsito Amaguaña.
Vida pessoal
Nascida em uma fazenda arrendada em Cayambe, na província de Pichincha, um dos diversos assentamentos criados por jesuítas e frades dominicanos, em 26 de outubro de 1881. Filha de Andrea Quilo e de Juan Cacuango, camponeses, Dolores tinha apenas 14 anos quando aconteceu a Revolução Liberal do Equador, também conhecida como Guerra Civil Equatoriana.
Dolores era descendente dos antigos caciques da região e seu sobrenome paterno lhe dava prestígio entre os camponeses. Dois séculos e meio depois do domínio espanhol, os camponeses ainda viviam sob condições de escravidão e trabalhos forçados. Sua família vivia na pobreza, junto dos outros camponeses da região, que herdara muito das referências culturais, identidade e idioma Quíchuas. Foi nessa região e nessa fazenda onde a família trabalhava, que Dolores construiu seu senso crítico que seria valioso para sua luta anos mais tarde.  As poucas fotografias de Dolores a mostram com indumentária indígena completa, algo que por si só já era um ato de extrema bravura, pois os povos nativos eram vítimas de discriminação severa, abusos, despejos e exploração.
Luta pelos indígenas
Dolores militou juntos os ministros da educação, em 1944, culminando com a criação da primeira Federação Equatoriana dos Índios (FEI), com o apoio do Partido Comunista do Equador, que levou à abertura de quatro escolas em zonas rurais, todas bilíngues, ensinando língua quíchua e espanhol. Dolores foi a primeira presidente da federação. As escolas se mantiveram, apesar das dificuldades e da pobreza, mas foram fechadas pela Junta Militar em 1963, por serem consideradas foco de comunismo.

Somos como grãos de quinoa: se estamos sozinhos, o vento nos leva; mas se estamos unidos em um saco, o vento nada faz. O saco oscila, mas não vai nos fazer cair.
Dolores foi bastante perseguida pelos opositores à sua luta. Viu sua casa ser incendiada, rodeada pelos filhos, suas escolas fechadas e seu nome ser manchado por acusações de associação ao comunismo. Seu trabalho na fazenda também a levou a defender abertamente os direitos das mulheres, especialmente as indígenas, geralmente exploradas e maltratadas nas fazendas e no trabalho rural

Morte
Perseguida por sua luta e discursos e a defesa da população rural e indígena, Dolores Cacuango se isolou em seus últimos anos, vivendo na clandestinidade e faleceu em 23 de abril de 1971.

Legado
Seu trabalho foi internacionalmente reconhecido, tendo sido tema de uma exposição na sede da UNESCO, em homenagem do Dia Internacional da Mulher. Várias escolas, organizações não-governamentais e centros universitários foram criados, como a Escola de Formação de Mulheres Líderes Indígenas.

Jovem constrói uma cabana primitiva utilizando apenas materiais encontrados na natureza



O canal Primitive Technologyadministrado por um jovem aparentemente perdido no tempo, é relativamente novo no YouTube e neste vídeo viral ele demonstra como construir uma tapera feita de paus e barro batido utilizando apenas materiais encontrados na natureza. Até mesmo suas ferramentas são naturais, como o machado feito de pedra, e o fogo que começou apenas com uma vareta e um toco de madeira. Não é um vídeo curto, mas seu progresso é hipnotizante.

quinta-feira, 16 de março de 2017

Ótima ponto de reflexão e analise


“A crença na independência do Poder Judiciário é estúpida”
Depoimento do advogado, filósofo e professor Silvio Luiz de Almeida, doutor em Filosofia e Teoria Geral do Direito pela USP, sobre como o Poder Judiciário serve à ordem vigente e reproduz todas as suas injustiças.

sexta-feira, 10 de março de 2017

ESPERANÇA GARCIA


ESPERANÇA GARCIA
Escravizada que, no final do século XVIII, escreveu uma petição destinada ao governador do Piauí.

Esperança Garcia era escravizada confiscada aos padres jesuítas, que, com a expulsão destes pelo Marquês de Pombal, passaram-na à administração do governo do Piauí. Esperança Garcia foi levada à força da Fazenda Algodões, perto de Floriano, para uma fazenda em Nazaré do Piauí. Em 6 de setembro de 1770, a escravizada dirigiu uma petição ao Presidente da Província de São José do Piauí, Gonçalo Lourenço Botelho de Castro, denunciando os maus-tratos físicos de que era vítima, ela e seu filho, por parte do feitor da Fazenda Algodões.
Dentre as diversas leituras concebíveis da referida petição, é possível constatar, em fins do século XVIII, a existência de mulher negra escravizada alfabetizada e ciente de sua possibilidade de reivindicar o direito a um tratamento mais humanizado. Cabe salientar, nesse período, que quem fosse flagrado ensinando escravizado a ler era preso e/ou processado.

A atitude de Esperança Garcia não era uma prática. A habilidade dela em perceber a viabilidade de conciliar seu letramento com recurso de reivindicação evidencia sua capacidade de análise de conjuntura e habilidade política ao expor, na petição, a necessidade de realizar alguns sacramentos relacionados à religião católica – hegemônica naquele momento histórico –, assim como a crença na possibilidade de ver sua solicitação considerada pelas autoridades.

Para além de elementos diretamente relacionados à vida de Esperança Garcia, a petição permite a possibilidade de algumas leituras sobre o contexto histórico, cultural e social de São José do Piauí, tais como algumas práticas diretamente relacionas aos escravizados, como a revelação dos sofrimentos a que estes estavam sujeitos e a separação de entes familiares quando da venda destes.

É importante lembrar que, tendo em vista a importância dada à petição de Esperança Garcia, por força da Lei nº 5.046, de 7 de janeiro de 1999, ficou instituído o dia 6 de setembro, data da petição, como sendo o “Dia Estadual da Consciência Negra” no Piauí.


CARTA:
Eu sou hua escrava de V. Sa. administração de Capam. Antº Vieira de Couto, cazada. Desde que o Capam. lá foi adeministrar, q. me tirou da fazenda dos algodois, aonde vevia com meu marido, para ser cozinheira de sua caza, onde nella passo mto mal. A primeira hé q. ha grandes trovoadas de pancadas em hum filho nem sendo uhã criança q. lhe fez estrair sangue pella boca, em mim não poço esplicar q. sou hu colcham de pancadas, tanto q. cahy huã vez do sobrado abaccho peiada, por mezericordia de Ds. esCapei. A segunda estou eu e mais minhas parceiras por confeçar a tres annos. E huã criança minha e duas mais por batizar. Pello q. Peço a V.Sª. pello amor de Ds. e do seu Valimto. ponha aos olhos em mim ordinando digo mandar a Procurador que mande p. a fazda. aonde elle me tirou pa eu viver com meu marido e batizar minha filha q.
De V.Sa. sua escrava Esperança Garcia

Carta Versão léxico atualizado:
Eu sou uma escrava de V.Sª. administração de Capitão Antonio Vieira de Couto, casada. Desde que o Capitão lá foi administrar, que me tirou da Fazenda dos Algodões , onde vivia com meu marido, para ser cozinheira de sua casa, onde nela passo tão mal. A primeira é que há grandes trovoadas de pancadas em um filho nem, sendo uma criança que lhe fez extrair sangue pela boca; em mim não posso explicar que sou um colchão de pancadas, tanto que caí uma vez do sobrado abaixo, peada, por misericórdia de Deus escapei. A segunda estou eu e mais minhas parceiras por confessar a três anos. E uma criança minha e duas mais por batizar. Pelo que peço a V.Sª. pelo amor de Deus e do seu valimento, ponha aos olhos em mim, ordenando ao Procurador que mande para a fazenda onde ele me tirou para eu viver com meu marido e batizar minha filha.
De V.Sª. sua escrava, Esperança Garcia
INFORMAÇÕES RELACIONADAS
Editora Pallas:http://www.pallaseditora.com.br/produto/Quando_a_escrava_Esperanca_Garcia_escreveu_uma_carta/240/. Data da pesquisa: 18/7/2013.
Coletivo Cultural Esperança Garcia:
 http://esperanca-garcia.blogspot.com.br/p/esperanca-garcia.html. Data da pesquisa: 18/7/2013.
Fundação Nogueira Tapety:
 http://www.fnt.org.br/reportagens.php. Data da pesquisa: 18/7/2013.
Blog José Fortes:
 http://www.meionorte.com/josefortes/a-coragem-da-escrava-esperanca-garcia-103428.html. Data da pesquisa: 18/7/2013.
Página Legal:
 http://www.paginalegal.com/categoria/documentos-historicos/. Data da pesquisa: 18/7/2013.
Cidade Verde:
 http://www.cidadeverde.com/contemporama/contemporama_txt.php?id=20904. Data da pesquisa: 18/7/2013.
Oeiras Brasil:
 http://oeiras_brasil.blogs.sapo.pt/1222.html. Data da pesquisa: 18/7/2013.
Negritude Escrita:
 http://negritudescrita.arteblog.com.br/238300/ESPERANCA-GARCIA/. Data da pesquisa: 18/7/2013.
Blog Ricardo Riso:
 http://ricardoriso.blogspot.com.br/2012/06/sonia-rosa-quando-escrava-esperanca_22.html. Data da pesquisa: 18/7/2013.