Breve historia sobre o Piauí
No começo do século
XVII, fazendeiros da região do rio São Francisco procuravam expandir suas
criações de gado. Os vaqueiros, vindos principalmente da Bahia, chegaram procurando
pastos e passaram a ocupar as terras ao lado do rio Gurgueia. Em 1718, o
território, até então sob a jurisdição da Bahia, passou para a do Maranhão.
O capitão Domingos Afonso Mafrense, ou capitão
Domingos Sertão, como era conhecido, foi um dos sesmeiros que ocuparam essas
terras; possuía trinta fazendas de gado e foi o mais alto colonizador da
região, doando suas fazendas — após sua morte — aos padres jesuítas da Companhia de Jesus.
A contribuição dos
padres jesuítas foi decisiva, principalmente no desenvolvimento da pecuária,
que, em meados do século XVIII, atingiu seu auge. A região Nordeste, o Maranhão
e as províncias do sul eram abastecidas pelos rebanhos originários do Piauí até
a expulsão dos jesuítas (período pombalino), quando as fazendas foram
incorporadas à Coroa e entraram em declínio. Quanto à colonização, esta se deu
do interior para o litoral.
Após a
independência do Brasil em 1822, algumas províncias continuaram sobre o poder
de Portugal (entre essas, o Piauí). Portugal, com medo de perder essa
província, mandou, de Oeiras à cidade de Parnaíba,
tropas portuguesas; o grupo recebeu adesões, mas acabou derrotado em 1823, por
ocasião da Batalha do Jenipapo, onde piauienses lutaram
contra os portugueses com armas brancas em Campo Maior.
A tropa de Fidié, capitão da tropa portuguesa, saiu enfraquecida e este acabou
por ser preso em Caxias, no Maranhão. Alguns anos depois, movimentos
revoltosos, como a Confederação do Equador e a Balaiada,
atingiram também o Piauí.
Em 1852, a capital
foi transferida de Oeiras para Teresina,
tendo início um período de crescimento econômico. A partir da proclamação da república
brasileira (1889), o estado apresentou tranquilidade no terreno político, mas
grandes dificuldades na área econômico-social.
A cidade de Floriano recebeu, a partir de 1889 um
influxo migratório da Síria que durou mais de cem anos, de modo que essa etnia
se faz assaz presente naquela cidade.
Em 1880, em troca
do município de Crateús, a então Província do Ceará cedeu ao Piauí a cidade de
Luís Correa, possibilitando ao estado a tão almejada saída para o mar.
A transferência da
capital
A ideia da
transferência da capital do Piauí de Oeiras remonta aos períodos coloniais. Já
no século XVIII, quando a capitania do Piauí adquiriu a sua independência do
Maranhão, Fernando Antônio de Noronha, então governador da capitania do Piauí,
propôs ao rei de Portugal a transferência da capital, alegando que Oeiras era
uma terra seca e estéril, imprópria para a agricultura e de difícil comunicação
com as outras partes da colônia.
Durante anos, sempre foram
citadas as povoações de Parnaíba, vila ao litoral de intenso comércio e a vila
do Poti, às margens do rio Parnaíba, que convivia problemas com as outras partes da
colônia.
Durante anos,
sempre foram citadas as povoações de Parnaíba, vila ao litoral de intenso
comércio e a vila do Poti, às margens do rio Parnaíba, que convivia problemas
com as cheias dos rios, mas que, por localizar-se no interior, poderia integrar
o estado através da navegação pelo rio Parnaíba.
No governo de José
Idelfonso de Sousa Ramos, foi votada e sancionada a lei nº174, de 27 de agosto
de 1844, que autorizava a mudança da capital, não para a vila de Parnaíba ou
para a vila do Poti, localidades sempre lembradas, mas para a margem do rio
Parnaíba na foz do rio Mulato, devendo a nova cidade receber o nome de
Regeneração. Quando, em 23 de julho de 1850, José Antônio Saraiva, fundador de Teresina,
fora nomeado governador da Província do Piauí, o assunto da transferência da
capital estava em plena efervescência. Logo após assumir, Saraiva recebeu uma
delegação das vilas de Parnaíba, Piracuruca e Campo Maior com
um grande número de assinaturas reivindicando a mudança da capital para Parnaíba.
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