sexta-feira, 31 de março de 2017

Breve historia sobre o Piauí



Breve historia sobre o Piauí
 No começo do século XVII, fazendeiros da região do rio São Francisco procuravam expandir suas criações de gado. Os vaqueiros, vindos principalmente da Bahia, chegaram procurando pastos e passaram a ocupar as terras ao lado do rio Gurgueia. Em 1718, o território, até então sob a jurisdição da Bahia, passou para a do Maranhão. O capitão Domingos Afonso Mafrense, ou capitão Domingos Sertão, como era conhecido, foi um dos sesmeiros que ocuparam essas terras; possuía trinta fazendas de gado e foi o mais alto colonizador da região, doando suas fazendas — após sua morte — aos padres jesuítas da Companhia de Jesus.
A contribuição dos padres jesuítas foi decisiva, principalmente no desenvolvimento da pecuária, que, em meados do século XVIII, atingiu seu auge. A região Nordeste, o Maranhão e as províncias do sul eram abastecidas pelos rebanhos originários do Piauí até a expulsão dos jesuítas (período pombalino), quando as fazendas foram incorporadas à Coroa e entraram em declínio. Quanto à colonização, esta se deu do interior para o litoral.
Após a independência do Brasil em 1822, algumas províncias continuaram sobre o poder de Portugal (entre essas, o Piauí). Portugal, com medo de perder essa província, mandou, de Oeiras à cidade de Parnaíba, tropas portuguesas; o grupo recebeu adesões, mas acabou derrotado em 1823, por ocasião da Batalha do Jenipapo, onde piauienses lutaram contra os portugueses com armas brancas em Campo Maior. A tropa de Fidié, capitão da tropa portuguesa, saiu enfraquecida e este acabou por ser preso em Caxias, no Maranhão. Alguns anos depois, movimentos revoltosos, como a Confederação do Equador e a Balaiada, atingiram também o Piauí.
Em 1852, a capital foi transferida de Oeiras para Teresina, tendo início um período de crescimento econômico. A partir da proclamação da república brasileira (1889), o estado apresentou tranquilidade no terreno político, mas grandes dificuldades na área econômico-social.
A cidade de Floriano recebeu, a partir de 1889 um influxo migratório da Síria que durou mais de cem anos, de modo que essa etnia se faz assaz presente naquela cidade.
Em 1880, em troca do município de Crateús, a então Província do Ceará cedeu ao Piauí a cidade de Luís Correa, possibilitando ao estado a tão almejada saída para o mar.

A transferência da capital

A ideia da transferência da capital do Piauí de Oeiras remonta aos períodos coloniais. Já no século XVIII, quando a capitania do Piauí adquiriu a sua independência do Maranhão, Fernando Antônio de Noronha, então governador da capitania do Piauí, propôs ao rei de Portugal a transferência da capital, alegando que Oeiras era uma terra seca e estéril, imprópria para a agricultura e de difícil comunicação com as outras partes da colônia.
Durante anos, sempre foram citadas as povoações de Parnaíba, vila ao litoral de intenso comércio e a vila do Poti, às margens do rio Parnaíba, que convivia problemas com as outras partes da colônia.
Durante anos, sempre foram citadas as povoações de Parnaíba, vila ao litoral de intenso comércio e a vila do Poti, às margens do rio Parnaíba, que convivia problemas com as cheias dos rios, mas que, por localizar-se no interior, poderia integrar o estado através da navegação pelo rio Parnaíba.
No governo de José Idelfonso de Sousa Ramos, foi votada e sancionada a lei nº174, de 27 de agosto de 1844, que autorizava a mudança da capital, não para a vila de Parnaíba ou para a vila do Poti, localidades sempre lembradas, mas para a margem do rio Parnaíba na foz do rio Mulato, devendo a nova cidade receber o nome de Regeneração. Quando, em 23 de julho de 1850, José Antônio Saraiva, fundador de Teresina, fora nomeado governador da Província do Piauí, o assunto da transferência da capital estava em plena efervescência. Logo após assumir, Saraiva recebeu uma delegação das vilas de ParnaíbaPiracuruca e Campo Maior com um grande número de assinaturas reivindicando a mudança da capital para Parnaíba.


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